quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

na sala

ela pegou o violão e tocou uma pra ele. Entre graves e agudos, gritos e sussuros a música vibrava na orelha dele que como um espiral conduzia sons e palavras soltas para onde o sentido se dissipava. Ele só tinha olhos para a boca dela grande na tela até que aquilo se tornou um filme mudo e não teve uma só pessoa na platéia que não abriu a boca inconscientemente...

calenza

2 comentários:

angelica duarte disse...

putz.
quantos trocadilhos, metáforas e entrelinhas. ficou ótimo. e um tanto cinematográfico também. :)

calenza disse...

obrigado
bja