sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Música

Quando ela perdeu o encanto que ele via, deixou de falar em lá menor e só conversar
em dó maior. Passou a desafinar em tudo que comentava. Passou a não conseguir fazer
o mesmo coro nas opiniões. Saiam e ela não acertava uma nota sequer. Tocava todos
os intrumentos e no final mal conseguia acompanhar com o chocalho. Ao telefone não conseguia compôr nada que fizesse sentido. Preferia fazer solo no dia a dia. Ela já não sabia se fazia a primeira ou a segunda voz e quase sempre já entrava com
a terceira. Quando ela perdeu o encanto, ele se afastou. Foi buscar outra voz. Porque o amor deve ser uma variação de som e silêncio organizados e que tragam harmonia. E diferente da música, não há espaço pra improviso..

claudio_ao_mar_tocava_um_violão_e_tirava_algum_solo

6 comentários:

absinthie disse...

Amor não é como música, sempre tão harmônico.

Amor é paradoxo e esse é o grande show...encontrar a perfeição no imperfeito.

Talvez você não conheça =)

Me paga um drink que eu falo. disse...

É exatamente o que texto diz no final. valeu beijao.

Unknown disse...

Fiquei curiosa você parece um cara sensível.
Isso está acontecendo nesse momento?
Se sim parece que estamos na mesma situação rs.

Legal o blog

abraços
Paulinha

Me paga um drink que eu falo. disse...

Vamos dizer que o Blog sempre mostra um pouquinho da realidade com um pouco de ficção no meio. hehe.
bjs Paula.

Santini disse...

E ele descobriu que ela gosta de samba como ninguem...

joanafpires disse...

estranho amor sem improviso.