Quando ela perdeu o encanto que ele via, deixou de falar em lá menor e só conversar
em dó maior. Passou a desafinar em tudo que comentava. Passou a não conseguir fazer
o mesmo coro nas opiniões. Saiam e ela não acertava uma nota sequer. Tocava todos
os intrumentos e no final mal conseguia acompanhar com o chocalho. Ao telefone não conseguia compôr nada que fizesse sentido. Preferia fazer solo no dia a dia. Ela já não sabia se fazia a primeira ou a segunda voz e quase sempre já entrava com
a terceira. Quando ela perdeu o encanto, ele se afastou. Foi buscar outra voz. Porque o amor deve ser uma variação de som e silêncio organizados e que tragam harmonia. E diferente da música, não há espaço pra improviso..
claudio_ao_mar_tocava_um_violão_e_tirava_algum_solo
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
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6 comentários:
Amor não é como música, sempre tão harmônico.
Amor é paradoxo e esse é o grande show...encontrar a perfeição no imperfeito.
Talvez você não conheça =)
É exatamente o que texto diz no final. valeu beijao.
Fiquei curiosa você parece um cara sensível.
Isso está acontecendo nesse momento?
Se sim parece que estamos na mesma situação rs.
Legal o blog
abraços
Paulinha
Vamos dizer que o Blog sempre mostra um pouquinho da realidade com um pouco de ficção no meio. hehe.
bjs Paula.
E ele descobriu que ela gosta de samba como ninguem...
estranho amor sem improviso.
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