quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cadeia

Ela estava parada no vão do masp olhando para a esquerda. Se você chegasse bem perto e tirasse o cachecol verde do caminho viria uma pinta no pescoço rosado pelo atrito. Ventava e a boca dela era cada vez mais vermelha almodovar. Ele chegou sem fazer alarde, com a mão direita, tirou o fone da orelha esquerda dela e viu uma pinta suicida na pontinha da orelha ao lado do brinco de madeira escura. Mas os movimentos não coreografados sempre esbarram em cachecóis verdes, revelando os rosas e todas as cores do mundo. A boca dele aproxima-se da orelha dela e fala sozinha para calar a música que toca na outra orelha: se você soubesse quanto eu gosto de pinta, você mandava me prender. A boca dela sorriu vermelha e branca. Seu rosto esquentou. Então você vai ter que pegar perpétua, sou cheia de pintas no corpo inteiro. E foi assim que ele ficou completa e maravilhosamente preso. cada dia ele contava uma pinta.

Calenza

5 comentários:

Genha disse...

shhhhhhh! segredo, neh?

calenza disse...

segredo!

bjs
calenza

RFante disse...

Vai tomar no meio do olho do seu arrombado e extremamente fedido cú!

Que foda esse texto, brother! Parabéns!!

Fodástico!!

calenza disse...

valeu fante!
calenza

Me paga um drink que eu falo. disse...

esse eu assumo. ficou bom hein sócio.

bj