Eles se despedem. Anoiteceu. Ele está com a porta entre-aberta só de bermuda. ele dá tchau. Ele entra. Ela chama o elevador. Ele entra no quarto e volta correndo, abre a porta, sai, deixa aberta. Ela começou a descer. São daqueles elevadores antigos com grade. Ele desce de escadas correndo descalço. Ela vê as pernas descendo. Se encontram no halll do térreo. Ela faz cara de que não entendeu nada, ele a abraça e joga o isqueiro dentro da bolsa dela sem ela perceber - graças a deus todas as mulheres do mundo andam com a bolsa aberta - e ganha um selinho demorado. Ela diz: pena que eu tenho que ir. Ele recuperando o fôlego, coça a barba e solta um sorriso pensado. Entra no elevador e ela vai ficando menor através de sua subjetiva. Ele desaparece atrás da parede e ela sai. Mete a mão dentro da bolsa, pega um cigarro e o isqueiro rosa.
Calenza
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
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2 comentários:
hum... muito bom. além da plasticidade e um certo romantismo (que vai fazer as mulheres que amamos dizerem "ainnn"), a história dá margem a dúvidas interessantes, como se um isqueiro rosa no quarto dele poderia lhe causar problemas...
valeu velho!
muito provavelmente meu próximo curta!
abraço
calenza
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