Faz sol. Muita luz no apartamento entre-aberto pela correntinha. Ele do lado de dentro, só de bermuda: Então você não tem nada pra me falar e veio até aqui só pra me dizer isso, é isso? Ela não responde e arma sua pose de briga, braço esquerdo abraçando a barriga, meio que protegendo o boi, ou seria o leão? O corpo fala e o dela grita. A mão esquerda segura o cotovelo direito que leva o olhar para a mão e seu cigarro apagado. Olhando mais atentamente entre os dedos o isqueiro rosa rima com a camiseta C&A. A cara de brava vai perdendo a força e ela não consegue acender o cigarro, começa tocar tolices versão pato fu quando ele vê os olhos dela cheios de lágrima. Ele abre a porta e acende o cigarro dela, mas ela não quer mais fumar.
Calenza (com saudade do sócio)
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
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