Jorge sentado na mesa esperava Roberta voltar do banheiro. Garrafa de vinho já pela metade. Ela parecia ser muito mais bonita agora. Saiu do banheiro estava de vestido e agora havia deixado um rabo de cavalo. Seus olhos eram verdes e bem grandes. Os lábios eram Lábios. Saiu do banheiro já olhando pra ele.Veio caminhando para retornar a mesa.Jorge já meio alterado pensou "Gente, que mulher hein". Ela sentou na mesa, mas antes passou a mão no cabelo dele. Ele arrepio-se. Quis sorrir, mas ainda estava hipnotizado. Ela mesmo pegou a garrafa e completou as duas taças. Esvaziando a garrafa.Ela sempre foi bonita, o vinho só servia agora como um álcool no vidro. Ele estava se apaixonando muito rapidamente. Paixão banda larga. Ela não precisava falar nada. Exalava perfume e vinho. E isso era apaixonante. Olhou para Jorge e só levantou a sombrancelha em direção a porta de saída. Jorge sorriu, e se levantou, mesmo estando com as pernas bambas. Ela levantou em seguida pegou sua mão e sairam.
Claudio_aos_mares_do_sul
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Surgiu...
- AlÔ?
- Alô. E ae cara. Quanto tempo!
- E ae. Faz tempo mesmo. Fiquei sabendo até que você casou.
- Eu não. Tá doido.
- Ué, foi o que me falaram...
- Não, casar não. Só estou morando junto.
- Ah tá. Tem razão é diferente. Vocês ainda devem fazer sexo
- Não exagera cara, só estou dividindo meu apê por um tempo
- E chama isso do que?
- Ajuntamento.
- É, ajuntamento de um monte de coisa errada. Junta tudo e espalha no apê.
Escova, secadora, calcinha, brinco, meia, bobs, chinelo..
- Putz. Você não sabe. É muito bom cara..
- Quanto tempo já?
- Uns 5, 6 meses..
- hahaha
- Que foi?
- Nada...
- Ah cara, você tá enchendo o saco. Já basta a Lurdinha aqui
- Ahhhhhaaaaaa tá vendo!! Te peguei!!
- Que?
- Você casouuuu!!!!
Claudio mares (texto sem explicação.surgiu....)
- Alô. E ae cara. Quanto tempo!
- E ae. Faz tempo mesmo. Fiquei sabendo até que você casou.
- Eu não. Tá doido.
- Ué, foi o que me falaram...
- Não, casar não. Só estou morando junto.
- Ah tá. Tem razão é diferente. Vocês ainda devem fazer sexo
- Não exagera cara, só estou dividindo meu apê por um tempo
- E chama isso do que?
- Ajuntamento.
- É, ajuntamento de um monte de coisa errada. Junta tudo e espalha no apê.
Escova, secadora, calcinha, brinco, meia, bobs, chinelo..
- Putz. Você não sabe. É muito bom cara..
- Quanto tempo já?
- Uns 5, 6 meses..
- hahaha
- Que foi?
- Nada...
- Ah cara, você tá enchendo o saco. Já basta a Lurdinha aqui
- Ahhhhhaaaaaa tá vendo!! Te peguei!!
- Que?
- Você casouuuu!!!!
Claudio mares (texto sem explicação.surgiu....)
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Love & communication
Ela chegou no fim da paulista e quis voltar depois de ver que aquele filme não estava mais em cartaz. Ela entrou pelas páginas daquele sebo, debaixo daquela rua. Saiu de um livro, entrou em outro e as histórias de amor nem sempre acabam bem. Quando atravessou o salão já era outra mulher. Como naquela música daquela cantora: aprendendo mais e mais sobre menos e menos e menos. E quem disse que é pra ter sentido se cada um sente diferente?
calenza
calenza
Sentado eu vi
Sentado na calçada eu vi. Vi muitas mulheres. De todos os tipos. Algumas passaram confiança. Algumas me encantaram. Outras prefiro esquecer. Só prefiro. Esquecer é lembrar.Loira.Ruiva.Morena.Bonita.Inteligente.Calada. Falante. Algumas até demais. Outras de menos. Outras o suficiente. Eu prefiro essas. São suficientes na beleza. No gesto. Nas atitudes. No jeito de olhar. Se encaixam. Sentado na calçada eu vi. Algumas que passaram rapidamente. Outras que demoraram pra passar. Outras surgiram quando eu nao esperava. Na verdade devia estar esperando, senão não estava sentado. Vi tantas. Umas nem lembro. Outras passaram e nem percebi. Algumas eu queria que tivessem passado. Mas talvez pegaram uma outra rua. Hoje fico sentado de novo. Só observando. Espero aquelas interessantes. Não passaram muitas. Fico sentado aqui esperando. Observando. Procurando-as. Principalmente as suficientes.
Claudio)ao)mar (senta e espera)
Claudio)ao)mar (senta e espera)
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Em comum
Eles estão num bar depois de um casamento sem álcool ou depois de uma filmagem na paulista. estão cansados porque filmar cansa ou porque salto alto dói ou ainda porque gravata aperta. Ela faz cafuné nele e ele beija seu pescoço depois de tirar mechas de cabelo da frente. Ela fala que o cabelo é uma zona e ele pergunta se o dela parece diferente, se por um acaso pintou de preto. Ela se assusta porque ela só mudou o tom do preto e preto nem sempre é preto. Ele ri e pede cafuné. Ela fala de gente morta que ela gosta e ele dos vivos que queria ser. Ele sempre olha no relógio em horários de números repetidos e ela não é do seu signo. Ele não liga pra essas coisas e ela fala que a menina da outra mesa é linda. Ele diz que mulher não precisa ser linda pra ser interessante. Ela diz que a palavra interessante não é nem um pouco interessante e ele tira outra mecha do olho dela. Ele quer beijar seu olho, mas acha que é muito cedo para isso. Eles começam a escrever frases no guardanapo pro outro continuar a história e eles percebem que a história está cheia de vírgulas e reticências.
calenza
calenza
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Se seu olho fosse uma câmera
No metrô da vila madalena é assim, você entra e fica imaginando travelings nos corredores abobodados de luz branca piscando. Os travelings de câmera subjetiva continuam passando a catraca. Vire a direita e deixe a escada rolar com sua mão no corrimão e seu pé direito brincando com aquela pelugem preta presa por alguma coisa amarela que combina com teu tênis velho rasgado. Acabou de rolar, pelo menos pra você, vire a direita. Lá vai ter uma menina sozinha, esperando o trem com a perna direita dobrada e seu pé na ponta saindo daquele sapato meio bonequinha que a juventude tanto usa. Pode dar um zoom e torcer pra não ser um livro de auto-ajuda que ela lê. Você pode virar pra pessoa que ta com você e falar: Se ela soubesse o que ela faz comigo, não faria isso... seu amigo talvez sorria, mas a subjetiva volta pra um pescoço branco dum cabelo preso às pressas, logo pra sua subjetiva que sempre captou um pescoço como um convite. Assim você só pensa, para não ser repetitivo: ah, se ela soubesse...
Calenza em filmando
Calenza em filmando
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Sinais
Ele sentiu que ela passou a mão no cabelo. Jogou pra trás da orelha e olhou pra ele. Sim, ele tinha lido a linguagem dos sinais. Ela não. Senão não mexeria tanto no cabelo. Ele apontava o pé pra ela. Os dois pés. Retos, em direção a ela. Ela não leu o livro. Ele não conseguia conversar com os amigos direito. Olhava de rabo de olho. Ela olhava a cada 30 segundos. Depois de mexer no cabelo. Os dois se olhavam. Os dois não entendiam nada na roda de amigos.Ele se afasta. Vai pro bar. Pegar uma cerveja e se distanciar as vezes é a melhor coisa. Ela se afasta também. Vai pro outro lado do bar. Agora mexe no cabelo com as duas mãos. A garrafa agora tem o balcão do bar pra ficar. Se olham. Uma , duas, quatro, doze vezes. Ele não tem cabelo pra mexer, só o pé pra apontar. Ele se aproxima. Ela queria ter 3 mãos pra mexer no cabelo. Vai chegando perto. Agora é a reta final, ele respira fundo. Se aproxima. Fala.
- Oi
- Oi
Foi a última palavra que se ouviu entre os dois aquela noite.. Ela já não precisava mexer no cabelo.
Claudiomiro Amazonas (ode ao rabo de cavalo)
- Oi
- Oi
Foi a última palavra que se ouviu entre os dois aquela noite.. Ela já não precisava mexer no cabelo.
Claudiomiro Amazonas (ode ao rabo de cavalo)
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